Ontem(03AGO), a aula inaugural de História da Universidade de Caxias do Sul – UCS – foi muito além das expectativas, que já eram ótimas. O auditório do Bloco H ficou repleto, inclusive com diversas pessoas de pé, superando os 180 lugares. Prestigiaram a explanação, de mais de duas horas, da principal liderança do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra, estudantes e pessoas da comunidade em geral.
Stédile iniciou sua fala com uma frase muito apropriada: “Quem não conhece a História não poderá ser sujeito do futuro” e explanou sobre a História de vários países da América Latina, nestas duas últimas décadas.Também fez uma crítica aos representantes da RBS – Pioneiro que estiveram cobrindo o evento, citando que o maiores "partidos políticos" de direita são os meios de comunicação.Deu ênfase ao novo bloco econômico, que está se formando na América Latina. A ALBA – em contraposição à ALCA, que tem como propósito a união dos movimentos populares. Este projeto continental, pretende ter, inclusive, moeda única e atenção especial à educação, com escolas latino americanas.“Há mais negros pobres brasileiros estudando medicina em Cuba do que em todo o Brasil”, citou Stédile.Criticou também a classe média brasileira, sem consciência de classe, que possui mentalidade burguesa. Como exemplo, citou o caos das enchentes de São Paulo, dizendo: “Classe média 'burra', prefere ir pro inferno de automóvel do que ir à pé, mas vivo.”, se referindo também a falta de incentivo para se usar transportes públicos.Respondeu várias perguntas formuladas pelos presentes, ent
re elas, a de que o MST teria diminuido sua atuação no Governo Lula. Para esta, Stédile respondeu que eles, da Via Campesina foram imparciais (como um movimento social tem de ser), criticaram quando Lula estava agindo errado, e torciam para que não houvesse mais erros, por que eles sempre eram prejudicados, e aplaudiram quando o Lula agia certo.
A palestra teve muita repercussão e foi noticiada em várias sites e jornais, não só da região como do Brasil. Houve interesse, inclusive, da Folha de São Paulo, que entrou em contato para obter mais detalhes e saber se João Pedro Stédile declarou apoio a Dilma, e se as "invasões" se tornariam mais intensas se ela se elegesse, indo de encontro à declaração recente de Serra, o que é duvidoso, já que as ocupações independem do governo que está no poder, já que o próprio MST é um movimento independente.
Stédile iniciou sua fala com uma frase muito apropriada: “Quem não conhece a História não poderá ser sujeito do futuro” e explanou sobre a História de vários países da América Latina, nestas duas últimas décadas.Também fez uma crítica aos representantes da RBS – Pioneiro que estiveram cobrindo o evento, citando que o maiores "partidos políticos" de direita são os meios de comunicação.Deu ênfase ao novo bloco econômico, que está se formando na América Latina. A ALBA – em contraposição à ALCA, que tem como propósito a união dos movimentos populares. Este projeto continental, pretende ter, inclusive, moeda única e atenção especial à educação, com escolas latino americanas.“Há mais negros pobres brasileiros estudando medicina em Cuba do que em todo o Brasil”, citou Stédile.Criticou também a classe média brasileira, sem consciência de classe, que possui mentalidade burguesa. Como exemplo, citou o caos das enchentes de São Paulo, dizendo: “Classe média 'burra', prefere ir pro inferno de automóvel do que ir à pé, mas vivo.”, se referindo também a falta de incentivo para se usar transportes públicos.Respondeu várias perguntas formuladas pelos presentes, ent
A palestra teve muita repercussão e foi noticiada em várias sites e jornais, não só da região como do Brasil. Houve interesse, inclusive, da Folha de São Paulo, que entrou em contato para obter mais detalhes e saber se João Pedro Stédile declarou apoio a Dilma, e se as "invasões" se tornariam mais intensas se ela se elegesse, indo de encontro à declaração recente de Serra, o que é duvidoso, já que as ocupações independem do governo que está no poder, já que o próprio MST é um movimento independente.
FOTOS: ROQUE JR
Foi realmente muito boa a atividade, principalmente para politizar mais nosso curso. Ainda há uma forte aversão a temas políticos na UCS, como se estivéssemos isolados da sociedade e como se tudo o que ocorre não afetasse nossa vida acadêmica. Infelizmente nem todos percebem essa importância e inclusive muitos professores ainda não compreendem isso. Por isso precisamos lutar a cada dia para romper esta tendência academicista, que empobreceu nossas universidades, principalmente a partir dos anos 90. Que o CAEH promova mais atividades como esta e que não fiquemos observando a história passar sem sermos sujeitos dela!!
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